Do hype ao impacto: A fundação de dados que sustenta a tomada de decisão com IA
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Sem uma fundação de dados sólida, a “mágica” pode se transformar rapidamente em frustração. A diferença entre hype e impacto está na fundação de dados: se a IA não tiver acesso a dados suficientes e de qualidade, ela não conseguirá gerar conclusões úteis – e se tentar, os erros serão significativos.
A questão central não está na sofisticação dos algoritmos, mas na qualidade da fundação sobre a qual construímos nossas soluções de IA. E os números são relevadores: segundo um estudo da RHEO Data, estima-se que entre 70% e 85% dos projetos de IA não atinjam seus objetivos, sejam abandonados ou nunca cheguem a produção. De acordo com outro levantamento da RAND, mais de 80% falham devido a dados inadequados e falta de clareza no problema a ser resolvido. Uma terceira pesquisa, do MIT, aponta que cerca de 95% dos projetos de IA Generativa não produzem ganhos mensuráveis em receita ou produtividade. Estes fracassos não decorrem de falta de talento ou ferramentas inadequadas, mas fundamentalmente de bases de dados fracas, mal preparadas ou fragmentadas.
Considere exemplos estratégicos que ilustram essa realidade. No setor financeiro, modelos de risco de crédito dependem de informações confiáveis de clientes; dados incompletos ou duplicados podem levar a concessões equivocadas e perdas significativas. Já no varejo, redes que buscam prever demanda futura para otimizar estoques e logística precisam de bases históricas limpas e contextualizadas. Sem isso, a IA pode induzir ao excesso de produtos de baixa saída ou à falta de itens de alta procura. Como tomar decisões estratégicas se a base informacional é falha?
Uma fundação de dados sólida vai muito além da coleta de informações: envolve criar uma base confiável, relevante, bem-governada e com diversidade e volume de dados. Isso significa ter uma estratégia de dados alinhada ao que é importante para o negócio, arquitetura de dados bem projetada com data lakes, data warehouses, pipelines de ingestão que incluam transformação e limpeza (remoção de dados duplicados, correção de erros, normalização), integração com diversas fontes de dados, além de escalabilidade para lidar com volumes massivos.

