O dilema da sucessão: As empresas estão preparadas para o futuro?


Penso que nenhuma empresa está 100% pronta para preencher internamente todas as posições-chave que se abrem. Faz pouco sentido recorrer ao mercado quando há talentos internos com potencial, mas, na prática, até eu mesmo já me vi contratando profissionais de fora para algumas vagas. Isso evidencia um possível problema sistêmico que transcende setores e geografias: a incapacidade de formar lideranças prontas para assumir cargos estratégicos no momento certo.
A velocidade das transformações tecnológicas e a escassez de talentos em áreas como Inteligência Artificial (IA) e cibersegurança tornam esse cenário ainda mais complexo. Segundo uma recente pesquisa, 95% dos executivos preveem dificuldades em encontrar o mix certo de habilidades para lideranças nos próximos três a cinco anos. Isso sugere que o problema não é apenas falta de oportunidades internas, mas também a dificuldade das empresas em capacitar seus próprios talentos para novos desafios.
Por outro lado, a decisão de um profissional de deixar sua empresa atual para assumir uma posição mais alta em outra organização também merece análise. A falta de um plano de sucessão estruturado pode desestimular talentos que, vendo poucas perspectivas de crescimento, optam por buscar desenvolvimento em outros lugares. Mas até que ponto isso está ligado à falta de oportunidades e não às próprias limitações dos profissionais para assumirem novos desafios?

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